Indicadores econômicos sugerem menor dinamismo de serviços e indústria no 1º trimestre, diz SPE
Sinais de desaceleração econômica no Brasil são evidentes em diversos setores, com queda na produção industrial e serviços. Indicadores de confiança e emprego também apresentam tendências negativas, refletindo um cenário desafiador para o primeiro trimestre de 2025.
Indicadores econômicos no Brasil sugerem menor dinamismo nos setores industrial e de serviços no primeiro trimestre de 2025, segundo a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, no Boletim Macrofiscal de março.
A produção industrial se manteve estável em janeiro, após três quedas consecutivas, enquanto o volume de serviços caiu 0,2%. As vendas do varejo restrito recuaram 0,1%, conforme dados do IBGE.
A confiança nos setores de indústria, serviços e entre consumidores também mostra perda de vigor, seguindo trajetória de queda desde dezembro. O mercado de trabalho apresenta sinais de acomodação, com a taxa de desemprego subindo de 6,4% para 6,5%%.
A criação líquida de vagas no último ano variou de 1,78 milhão em novembro para 1,65 milhão em janeiro, coincidente com a redução na taxa de rotatividade do emprego.
O crescimento das concessões reais de crédito também arrefeceu, com a taxa média de juros subindo desde outubro. A inadimplência permanece baixa, mas há redução no ritmo de expansão das concessões, especialmente na carteira de crédito bancário das empresas. Em contrapartida, a emissão de debêntures atingiu um recorde em janeiro.
Por fim, a economia dos Estados Unidos mostra sinais de desaquecimento, com queda nos índices de confiança do consumidor e desaceleração na geração de empregos em fevereiro.
As sondagens empresariais indicam um arrefecimento da atividade industrial, acompanhada por elevação nos custos de produção.