Indígena bolsonarista diz ser alvo de preconceito após decisão do STF que afeta seu mandato
Deputada critica decisão do STF que a afeta juntamente com outros seis parlamentares. Ela denuncia preconceito e discriminação, salientando sua identidade indígena e origem regional.
Deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) é alvo de preconceito após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que resultará na perda de seu mandato.
Na última quinta-feira, a Corte considerou inconstitucional a mudança nas regras das "sobras eleitorais", anulando a eleição de sete parlamentares, incluindo Waiãpi.
A deputada, autodeclarada "índigena bolsonarista", foi militar das Forças Armadas e conheceu o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ela recebeu 5.435 votos e apoio de familiares do ex-mandatário, como o deputado Eduardo Bolsonaro.
Em nota, Waiãpi afirmou que a mudança pode criar precedentes perigosos. Ela destacou sua etnia como uma possível motivação para a decisão: "A discriminação contra parlamentares da nossa região não pode ser normalizada".
A deputada mencionou também perseguição por ser uma "mulher indígena de direita". Neste domingo, esteve no Rio acompanhando ato de Bolsonaro.
Além de Waiãpi, os seguintes parlamentares também devem perder seus mandatos:
- Augusto Pupio (MDB-AP)
- Gilvan Máximo (Republicanos-DF)
- Lázaro Botelho (PP-TO)
- Lebrão (União Brasil-RO)
- Professora Goreth (PDT-AP)
- Sonize Barbosa (PL-AP)
O cálculo é da Academia Brasileira de Direito Eleitoral (Abradep).