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Indígenas prefeitos e governadores foram só 0,1% desde 2014

Apesar do aumento no número de indígenas em cargos públicos, a representação ainda é insignificante em relação à população total do Brasil. Especialistas destacam a importância do voto identitário e a necessidade de maior articulação entre os eleitos para fortalecer a presença indígena na política.

Indígenas no Brasil: Eleições e Representatividade

O número de indígenas eleitos para cargos públicos no Brasil atingiu recorde nas últimas eleições, apesar de ainda ser considerado baixo. Entre 2014 e 2022, 24 indígenas foram eleitos para cargos nos Executivos estaduais e municipais e 6 para a Câmara.

Esses dados são baseados em autodeclarações ao TSE. Antes de 2014, não há registros sobre cor de pele.

Em relação à população indígena brasileira, de 1.693.535 pessoas (0,83% do total), a porcentagem de indígenas eleitos foi de apenas 0,14% nos Executivos e 0,39% na Câmara.

A análise desconsiderou vices e suplentes. Um estudo do Afro-Cebrap mostra que 39% dos cargos de liderança são ocupados por não brancos, um aumento de 17 pontos percentuais nos últimos 25 anos.

O especialista Raimundo Nonato destaca a importância do voto identitário para a representação política indígena. Entretanto, ele ressalta a falta de articulação entre os eleitos, o que limita a influência indígena.

O 1º indígena no Legislativo foi Mário Juruna, deputado federal entre 1983 e 1987. Em 2018, Joenia Wapichana tornou-se a 1ª mulher indígena eleita, mas não foi reeleita. Em 2022, Jerônimo Rodrigues se tornou o 1º governador indígena do Brasil.

O atual governo de Lula criou o Ministério dos Povos Indígenas, comandado por Sonia Guajajara, uma das principais líderes indígenas do país.

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