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Indústria acelera pesquisas em medicamentos para menopausa

O mercado de menopausa cresce impulsionado pela demanda por tratamentos inovadores e pelo aumento da população feminina na faixa etária do climatério. Farmacêuticas como Bayer e Besins apostam em medicamentos hormonais e não hormonais para atender a essa demanda crescente.

Mercado global de menopausa avaliado em US$ 18,85 bilhões deve crescer para US$ 30,5 bilhões até 2032, com taxa média de 6,2% ao ano.

Esse crescimento abrange diversos remédios, como antidepressivos e terapia hormonal, focados em sintomas vasomotores, como fogachos e sudorese noturna.

A Bayer está finalizando estudos clínicos do Elinzanetant, um medicamento não hormonal que atua no sistema vasomotor. A empresa investiu US$ 425 milhões na aquisição da KaNDy Therapeutics, responsável pelas pesquisas do Elinzanetant.

Os testes clínicos envolvem 2400 pacientes em 30 países. O presidente da divisão farmacêutica da Bayer no Brasil, Adib Jacob, destaca que a reposição hormonal é contraindicada para algumas pacientes, incluindo aquelas com câncer de mama.

A Bayer registrou o Elinzanetant na FDA em agosto do último ano. Nos EUA, cerca de 27 milhões de mulheres estão na menopausa atualmente. Um estudo clínico também analisa o impacto do medicamento em distúrbios de sono associados à menopausa.

A população envelhecendo contribui para o aumento do mercado. No Brasil, 30 milhões de mulheres estão na faixa etária do climatério. Globalmente, 1 bilhão de pessoas estará na menopausa em 2030.

O ginecologista Eli Lakryc destaca que as mulheres hoje, ativas no mercado, não devem aceitar os sintomas como parte da vida.

Embora os novos medicamentos estejam em ascensão, terapias de reposição hormonal continuam dominando o setor. A Bayer também recebeu aprovação da Anvisa para o dispositivo intrauterino Mirena como terapia hormonal.

A farmacêutica francesa Besins registrou crescimento de 75% em seu portfólio para menopausa no Brasil. O Oestrogel se destacou como líder de mercado.

A Besins não divulga seu faturamento, mas reporta um crescimento médio de 25% nos últimos anos. O Brasil é seu terceiro maior mercado, atrás da Inglaterra e Alemanha.

A gerente-geral da Besins, Laurena Magnoni, afirma que o mercado brasileiro é dominado pela saúde privada, e há esforços para aumentar a participação da saúde pública.

Magnoni, que tem 62 anos e continua ativa no mercado, destaca a importância de um estilo de vida saudável juntamente com a reposição hormonal.

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