Indústria americana sonda mais parcerias no Brasil
Empresas americanas intensificam busca por fornecedores brasileiros em meio a incertezas de guerra comercial. Indústrias têxtil, de móveis e calçados se destacam com aumento nas sondagens e possíveis novas exportações.
Empresas americanas estão aumentando a busca por fornecedores no Brasil devido à possibilidade de uma guerra comercial entre Estados Unidos e China.
A movimentação começou a crescer em abril, após tarifas de importação gerais impostas por Donald Trump. O Brasil enfrentou tarifas de 10%, enquanto a China teve 145%.
Apesar de uma trégua nas tarifas até agosto, empresas dos EUA continuam em busca de novos fornecedores. Fernando Pimentel, da Abit, confirmou um aumento nas consultas e negociações.
Atualmente, a indústria têxtil brasileira foca em nichos como moda praia e íntima, com exportações de US$ 30 milhões para os EUA nos primeiros meses do ano. Este número pode atingir US$ 90 milhões até o fim de 2025.
Mais de 70 empresas brasileiras participarão da Coterie NY em Nova York, um aumento significativo em relação à média anterior de 30 a 35 empresas.
A indústria moveleira também observa um aumento nas sondagens. Cândida Cervieri, da Abimóvel, informou que o setor é responsável por cerca de 30% das exportações de móveis do Brasil para os EUA.
Exportações de móveis caíram de US$ 54,3 milhões para US$ 48,2 milhões nos primeiros três meses do ano.
Além do setor têxtil e mobiliário, o segmento calçadista também vem recebendo mais propostas.
Entre janeiro e abril, o Brasil exportou US$ 13,1 bilhões para os EUA, um crescimento de 3,7% em relação ao ano anterior. Os principais produtos exportados incluem óleos, semi-acabados e café.