Indústria critica aumento da Selic e aponta decisão como 'prejudicial para a economia'
CNI e FIEMG alertam que novo aumento da Selic compromete a recuperação da indústria e prejudica a economia. Entidades pedem alinhamento entre políticas fiscal e monetária para promover um ambiente favorável a investimentos e crescimento sustentável.
CNI e FIEMG criticam aumento da taxa Selic de 13,25% para 14,25%% ao ano pelo Copom. Este é o quinto aumento seguido, a maior taxa desde 2016, e representa uma ameaça ao setor de manufatura e à economia.
O aumento de um ponto percentual foi justificado pelo Copom devido à inflação pressionada e incertezas externas. No entanto, a CNI considera que essa elevação é "desnecessária". O presidente da CNI, Ricardo Alban, afirma que a taxa já estava em um nível elevado, causando desaceleração econômica.
A CNI aponta que a projeção da inflação do Banco Central caiu de 5,49% para 5,23%% entre fevereiro e março. O PIB cresceu apenas 0,2%% no quarto trimestre de 2024 e o consumo das famílias caiu 1%%, o que não ocorria desde 2021.
A FIEMG, liderada por Flávio Roscoe, também critica o aumento, destacando que ele eleva o custo financeiro das empresas, impactando preços e gerando pressão inflacionária. A taxa média de juros para empréstimos aumentou de 27,54%% em setembro de 2024 para 29,82%% em janeiro de 2025.
Roscoe destaca a necessidade de alinhar a política fiscal à política monetária para um equilíbrio econômico. Ele pede medidas que mantenham a inflação sob controle e estimulem investimentos produtivos.
A CNI pediu que o Banco Central considere outros fatores econômicos, como a queda do dólar e do petróleo, e defendeu a importância de uma sustentabilidade fiscal priorizada por todos os setores da sociedade. Alban destacou que a falta de sintonia entre a política monetária e fiscal sobrecarrega a Selic e impacta investimentos e crescimento econômico.