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Indústria de trens de passageiros vive ‘boom’

Aumento das licitações e investimentos em mobilidade urbana otimiza o setor metroferroviário no Brasil. Com a entrada de fabricantes estrangeiros, como a CRRC e a Alstom, o mercado experimenta uma fase de renovação e expansão.

A indústria metroferroviária brasileira está passando por um boom de licitações, impulsionada por contratos bilionários e Parcerias Público-Privadas (PPPs) em mobilidade urbana.

Recentemente, o governo paulista anunciou que a chinesa CRRC abrirá uma fábrica em Araraquara, SP, enquanto a Alstom, fabricante francesa, se prepara para participar de licitações no Estado, buscando garantir suas contratações.

A CAF, antes com produção parada em SP, retomará sua atividade com a readequação de carros de VLT para um novo projeto na Bahia.

Segundo Suely Sola, diretora-geral da Alstom no Brasil, “nunca vi um mercado tão aquecido” como atualmente, com diversas novas linhas na América Latina.

A fábrica da Alstom em Taubaté, SP, opera sem ociosidade e já possui novos projetos em vista.

A PPP das Linhas 10 e 14 de trens em SP é uma das licitações que a Alstom está considerando, podendo se tornar operadora direta. O governo paulista planeja licitar ainda este ano, com a chinesa CRRC como concorrente.

De acordo com Sola, entrar no capital do projeto pode aumentar as chances de a Alstom ser fornecedora dos trens e sistemas de sinalização.

Vicente Abate, presidente da Abifer, comenta que a instalação da CRRC no Brasil traz isonomia tributária aos fabricantes locais.

A maioria das oportunidades está em São Paulo, com a expectativa de leilões para a extensão de linhas de Metrô e novos projetos até 2026.

Além disso, haverá uma renovação da frota do Metrô, cujo ciclo de vida atingiu 50 anos.

Em outros estados, há potenciais projetos de VLT, renovações de frota e expansões de Metrôs, como em Curitiba e no Rio Grande do Sul.

A Marcopolo Rail, focando em projetos menores, prevê crescimento no mercado, com a entrega final de trens para o people mover em São Paulo e potenciais fornecimentos para o VLT de Teresina.

A empresa destaca que planeja expandir sua capacidade de produção à medida que novos projetos forem conquistados.

Possíveis projetos de linhas entre cidades, como Brasília-Luziânia e Salvador-Feira de Santana, também interessam à Marcopolo Rail.

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