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Indústria defende esgotar negociação com EUA antes de recorrer à retaliação imediata contras tarifaço de Trump

CNI defende negociações com EUA antes de retaliação por tarifas. Empresários alertam sobre impactos negativos na indústria e na economia brasileira.

Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), defendeu prioritariamente as negociações com os Estados Unidos em resposta à tarifa de 50% imposta por Donald Trump às exportações brasileiras.

Durante reunião virtual com presidentes de federações da indústria, Alban enfatizou a importância de esgotar possibilidades diplomáticas antes de qualquer retaliação.

Alban ressaltou a necessidade de objetividade e pragmatismo na negociação. Ele destacou: "Não queremos perder a razão" e mencionou a dificuldade da indústria em encontrar alternativas de médio prazo para substituir o mercado americano.

A reunião no Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) contou com a presença de ministros, incluindo Geraldo Alckmin e Fernando Haddad, para discutir estratégias de resposta. Alban solicitou um adiamento de 90 dias para a vigência da nova tarifa, enfatizando que a situação é um perde-perde para a indústria e economia brasileira.

A estimativa é de que a tarifa possa causar a perda de 110 mil postos de trabalho e impactar negativamente o PIB.

Alckmin declarou que o governo trabalhará para reverter as novas tarifas, que considera inadequadas. Ele lembrou que os EUA têm superávit na relação com o Brasil há 15 anos e que as tarifas na exportação americana para o Brasil média 2,7%.

Uma comitiva de empresários e representantes de associações industriais participou da reunião.

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