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Indústria do aço pede a governo Lula para negociar cotas de importação com Trump

Setor siderúrgico brasileiro solicita ao governo reforço nas negociações com os EUA para restabelecer cotas de importação de aço. O objetivo é evitar desvio de comércio e garantir a competitividade no mercado doméstico.

Presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo Lopes, solicitou ao governo brasileiro a retomada das negociações com a gestão Donald Trump para restabelecer o sistema de cotas de importação de aço dos EUA, em vigor desde 2018.

O mecanismo isenta impostos de importação, respeitando as cotas de 3,5 milhões de toneladas de semiacabados e 687 mil toneladas de laminados anualmente.

Lopes destacou a preocupação com o risco de desvio de comércio, dado que as barreiras de Trump podem levar produtos a outros mercados, como a China, causando concorrência desleal no mercado doméstico.

Após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Lopes considerou o encontro positivo e afirmou que o governo tem sido sensível aos pleitos do setor.

A nova taxação sobre aço e alumínio dos EUA começou a valer e não abre exceções. O Instituto Aço Brasil ressaltou que o sistema de cotas beneficiou tanto o Brasil quanto a indústria de aço dos EUA.

Em 2024, o Brasil representou quase 60% da demanda das usinas americanas por placas, totalizando 5,6 milhões de toneladas.

Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, acredita que a negociação é o melhor caminho, pois pode aumentar as exportações de aço brasileiro para os EUA. No entanto, alertou para possíveis consequências negativas se não houver acordo.

O Ipea estimou perdas de US$ 1,5 bilhão em exportações do setor siderúrgico brasileiro e uma queda de 700 mil toneladas na produção devido às novas tarifas.

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