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Indústria do aço vê mais dificuldades com nova tarifa de Trump, mas diz que vai manter negociações

A medida de Donald Trump poderá impactar significativamente as exportações brasileiras de aço e alumínio, surpreendendo o setor. Empresas como CSN e Usiminas enfrentam desafios adicionais, enquanto a Gerdau se beneficia das operações nos EUA.

Novas tarifas de aço dos EUA impactam setor brasileiro

A nova ofensiva de Donald Trump contra as exportações de aço aumenta a tarifa de 25% para 50%, surpreendendo o setor siderúrgico brasileiro. A medida também afeta exportações de produtos de alumínio.

O anúncio foi feito na sexta-feira, 30, e entrará em vigor quarta-feira, 4, influenciando todos os países exportadores de produtos siderúrgicos aos EUA. Trump justifica que as tarifas “dariam mais segurança à indústria siderúrgica”.

Segundo Welber Barral, consultor em comércio internacional, o aço brasileiro será afetado, gerando consequências negativas para a indústria americana que depende de importações.

Marco Polo de Melo Lopes, presidente do Instituto Aço Brasil, ressaltou que todos os países afetados estão no mesmo barco. O Brasil pretende negociar com autoridades americanas para manter o acordo de cotas de exportação estabelecido em 2018.

  • Cota anual de 3,5 milhões de toneladas de aço semiacabado e 687 mil toneladas de produtos laminados.
  • Principais exportadores: ArcelorMittal, Ternium Brasil, CSN e Usiminas.

Pedro Galdi, analista da AGF, destaca que a Gerdau, com operações nos EUA, pode se beneficiar. No entanto, Usiminas e CSN enfrentam desafios com o redirecionamento de suas exportações, especialmente com a concorrência da China.

Um executivo anônimo aponta que, com a tarifa de 50%, os EUA correm o risco de perder acesso a aço importado. O American Iron and Steel Institute informa que as importações totais de aço caíram 17,1% devido às medidas de Trump.

O cenário continua difícil, com potencial de impacto significativo na cadeia produtiva tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

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