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Indústria do café avalia 'triangular' exportação com outros países para vender aos EUA

Indústria brasileira de café busca alternativas para exportação aos EUA após imposição de tarifa de 50%. Conselho dos Exportadores avalia triangulação com a União Europeia como estratégia para evitar perdas financeiras.

A indústria nacional do café enfrenta desafios devido a uma sobretaxa de 50% imposta pelos EUA, liderados por Donald Trump. Para contornar a situação, há discussões sobre a possibilidade de triangular a exportação do produto.

Marcos Matos, diretor-geral do Cecafé, aponta que a União Europeia, com tarifa de 15%, poderia ser um caminho viável. O grão brasileiro seria vendido, torrado e misturado em outros países antes de chegar aos EUA.

"Os Estados Unidos são a grande referência em termos de conglomerados industriais", afirmou Matos, destacando a importância do mercado americano. Ele mencionou que esforços estão em andamento para que as tarifas sejam reduzidas.

  • Expectativa de reunião presencial entre representantes do Brasil e autoridades dos EUA.
  • Brasil exportou café para 150 destinos; quase 40% do café mundial é brasileiro.
  • EUA consomem 25 milhões de sacas de café, sendo o maior comprador do Brasil.

Apesar do impacto da tarifa, Matos acredita que o café brasileiro continuará a ser adquirido nos EUA, mesmo que perca competitividade frente a outros países, como Colômbia e Vietnã.

A interlocução com a National Coffee Association e outras autoridades tem avançado, mas a incerteza permanece. Para o futuro, a reexportação pode se intensificar, especialmente via Europa.

No curto prazo, o setor prioriza iniciativas de negociação e diálogo direto. "Isso é o mais importante", concluiu Matos.

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