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Indústria dos EUA pede bloqueio de compra chinesa de níquel no Brasil

A Aisi alerta para o risco de controle chinês sobre o níquel brasileiro que, se concretizado, pode impactar a indústria siderúrgica dos EUA. A entidade solicita ao governo americano que intervenha na negociação entre Anglo American e MMG para proteger interesses do setor.

Aisi solicita intervenção do governo Trump para bloquear aquisição da Anglo American pela MMG Limited, envolvendo operações de níquel no Brasil.

Em 18 de agosto de 2025, o Aisi (Instituto Americano de Ferro e Aço) enviou um ofício ao USTR (Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos) expressando preocupações sobre a transação.

O setor siderúrgico dos EUA teme que a conclusão da venda fortaleça o controle da China sobre os suprimentos globais de níquel, prejudicando produtores de aço inoxidável.

A aquisição agregaria reservas brasileiras de níquel às já controladas na Indonésia, elevando a China a quase metade da produção mundial desse mineral.

O Aisi destaca que os EUA já enfrentam distorções por causa de políticas chinesas e pede que o governo brasileiro preserve a propriedade de mercado dos ativos. O presidente da Aisi, Kevin M. Dempsey, solicita que as preocupações sejam levadas ao Brasil.

Venda das operações envolve as plantas de Barro Alto e Niquelândia, em Goiás, e gerou debates sobre a segurança do fornecimento de níquel no mercado internacional.

Apesar da negociação entre Anglo American e MMG, os direitos de exploração pertencem ao Estado brasileiro segundo a Constituição, ressaltando a natureza da concessão feita.

Além disso, a Anglo American firmou acordos com empresas chinesas, demonstrando um relacionamento estratégico crescente com a China, especialmente no setor de nutrientes agrícolas, ampliando a relevância do tema no contexto geopolítico global.

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