Indústria e agronegócio debaterão com governo tarifaço de Trump, diz Alckmin
Alckmin se reunirá com empresários para discutir possíveis respostas ao tarifaço de 50% imposto pelos EUA. Governos buscarão diálogo com entidades norte-americanas para mitigar impactos no comércio bilateral.
Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, anunciou reunião com empresários da indústria e do agronegócio nesta terça-feira, 15, para discutir o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros imposto pelos EUA.
As reuniões serão conduzidas pelo Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, a ser criado por Lula através de decreto. A regulamentação da lei da reciprocidade será publicada até amanhã.
A primeira reunião ocorrerá às 10h e incluirá setores como aviação, aço, alumínio, celulose, máquinas, calçados, móveis e autopeças. Também participarão representantes da Casa Civil, Ministério da Fazenda e Ministério de Relações Exteriores.
Às 14h, Alckmin se reunirá com empresários dos setores de suco de laranja, carnes, frutas, mel, couro e pescados, com a presença do Ministério da Agricultura, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Ministério da Pesca.
Alckmin destacou a importância de dialogar com entidades e empresas norte-americanas, já que elas também serão impactadas pelas tarifas.
Alckmin nega pedidos ao governo dos EUA: Ele afirmou que o Brasil não pediu redução das tarifas de 50% para 30% ou 20%. As negociações começaram em 6 de março e uma proposta brasileira enviada em 16 de maio não foi respondida.
O vice-presidente reafirmou que "o governo não pediu prorrogação de prazo" e está ouvindo os setores mais afetados para mobilização. Ele destacou que o Brasil não tem superávit com os EUA e que 8 dos 10 principais produtos exportados têm tarifa zero.