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Indústria náutica vê impacto de 30% na exportação de lanchas e iates com tarifas

Estaleiros brasileiros enfrentam nova crise com tarifas de 50% nos EUA, que podem comprometer exportações em mais de 30%. Setor busca reverter medidas e comemora recuperação nas vendas para a Argentina.

Estaleiros brasileiros projetam uma redução de mais de 30% nas exportações de embarcações para os Estados Unidos, devido à aplicação de tarifas de 50% a partir de 1º de agosto. O setor náutico busca reverter essa medida em conversas com entidades e autoridades.

No ano passado, o Brasil exportou US$ 68,8 milhões em embarcações, com 60% dessa receita proveniente dos EUA. A Acobar estima que a nova tarifa impactará “mais de 30%” nas exportações.

Em 2023, até maio, as exportações somaram US$ 25,8 milhões, uma queda de 22% em relação ao ano anterior. Os EUA representaram 48% desse valor, em comparação com 53% no mesmo período de 2022.

O CEO da Azimut Yachts Brazil, Francesco Caputo, destacou a pressão das oscilações cambiais e a dificuldade em repassar os custos aos clientes sem afetar a demanda.

Por outro lado, há uma recuperação nas exportações para a Argentina, com vendas voltando a acontecer após um longo período. A Azimut já fechou um negócio importante: a venda de um modelo por R$ 18,9 milhões.

A nova política cambial da Argentina, que permitiu trocas de pesos por dólares, facilitou essa retomada, apesar de o cenário ainda ser desafiador.

O setor aguarda possíveis mudanças na decisão das tarifas dos EUA e segue otimista com o mercado argentino.

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