Inflação argentina fica em 2,8% em abril e cai para 47,3% em 12 meses
Milei implementa medidas radicais para reverter a crise econômica e alcançar a estabilização financeira. Acordo com o FMI e mudanças cambiais visam reduzir a inflação e aumentar a confiança dos investidores.
Inflação na Argentina caiu para 2,8% em abril, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Indec. Em março, a taxa era de 3,7%.
A inflação acumulada em 12 meses até março foi de 47,3%, abaixo dos 55,9% do mês anterior. Apesar de progresso sob a gestão do presidente Javier Milei, a inflação mensal estagnou entre 2% e 3% nos últimos meses.
O ajuste econômico iniciado após a posse de Milei em dezembro de 2023 incluiu o corte de obras federais e subsídios em serviços essenciais. Isso causou um aumento nos preços e intensificou a pobreza para 52,9% da população no primeiro semestre de 2024, diminuindo para 38,1% no segundo semestre, totalizando 11,3 milhões de pessoas.
Em contraste, o governo registrou superávits e renovou a confiança dos investidores. Em 11 de abril, Milei firmou um acordo de US$ 20 bilhões com o FMI, com a primeira parcela de US$ 12 bilhões já disponível.
A redução da inflação é crucial para eliminar controles de capital, desejando manter a taxa abaixo de 2% ao mês. Após o acordo com o FMI, o banco central iniciou a flexibilização do controle cambial, resultando no fim da paridade fixa do peso argentino e na introdução do câmbio flutuante.