Inflação da zona do euro enfraquece e deve impulsionar apostas de corte nos juros
Inflação na zona do euro recua para 2,2% em março, refletindo a queda nos preços de energia e uma desaceleração nas tarifas de serviços. Expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Banco Central Europeu aumentam à medida que a economia enfrenta novos desafios.
Inflação da zona do euro apresentou queda em março, atingindo 2,2%, de 2,3% em fevereiro. A desaceleração foi impulsionada pela queda nos custos de energia e serviços, conforme dados do Eurostat.
A medida central da inflação, que desconsidera alimentos e combustíveis, caiu para 2,4%, abaixo da expectativa de 2,5%, aliviando as preocupações do Banco Central Europeu (BCE).
O BCE já cortou as taxas de juros seis vezes desde junho de 2022 e há expectativa de novo corte em 17 de abril, dada a estagnação econômica e o recuo dos preços da energia.
Embora a guerra comercial com os EUA represente um risco econômico, o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, acredita que o impacto nos preços será “de curta duração”. A presidente Christine Lagarde alertou que uma guerra comercial pode reduzir o crescimento econômico do bloco em 0,5%.
A inflação dos serviços desacelerou para 3,4%, um alívio, já os preços dos alimentos aumentaram 4,1%.
Os mercados avaliam uma chance de 70% a 75% de corte na taxa de depósito do BCE em abril, com possíveis reduções adicionais até 2025, estimando a taxa em 2,00% ou 1,75% no final do ano.