Inflação do México desacelera para 3,51% em julho
A desaceleração da inflação mexica para 3,51% em julho sinaliza uma possível redução na taxa de juros pelo Banco de México. Apesar da melhora nos índices, a economia do país continua enfrentando desafios significativos.
Inflação do México desacelerou para 3,51% em julho, abaixo dos 4,32% em junho, segundo dados do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (Inegi).
Esse é o menor índice anual desde o final de 2020 e a inflação voltou a cumprir a meta do Banco de México (Banxico) de 3% mais uma margem de 1 ponto percentual, após dois meses fora da meta.
A diminuição da inflação superou as expectativas do mercado, que projetava 3,53%.
Este resultado abre espaço para um corte na taxa de juros do Banxico, que pode reduzir em 0,25 ponto percentual para 7,75%, seguindo o ciclo de afrouxamento monetário iniciado no ano passado. Isso significaria o quinto corte consecutivo na taxa.
A inflação subjacente, que exclui bens e serviços voláteis, também desacelerou ligeiramente para 4,23%, comparado a 4,24% em junho.
No entanto, a economia mexicana continua estagnada, em parte devido à insegurança gerada por seu principal parceiro comercial, os Estados Unidos. Sob a administração de Donald Trump, foi imposta uma tarifa de 25% ao México, que foi prorrogada por 90 dias no final de julho.
O impacto desse tarifaço, aliado à redução de gastos do governo da presidente Claudia Sheinbaum, tem afetado negativamente o investimento e a demanda no país.