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Inflação fica em 0,26% em julho e vem abaixo das projeções

Inflação em julho atinge 0,26%, abaixo das expectativas do mercado, enquanto a taxa acumulada nos últimos 12 meses agora é de 5,23%. Economistas ajustam projeções, mas a disputa comercial com os EUA mantém incertezas sobre o futuro da economia brasileira.

Inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA, foi de 0,26% em julho, ligeiramente acima dos 0,24% registrados em junho. A divulgação é do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O mercado esperava uma taxa de 0,36% para julho, com estimativas variando entre 0,30% e 0,39%, conforme a agência Bloomberg.

Com esse resultado, o IPCA acumulou alta de 5,23% nos últimos 12 meses até julho, comparado a 5,35% até junho. Isso representa o primeiro estouro da meta de inflação desde janeiro.

A meta do Banco Central é de 1,5% (piso) a 4,5% (teto), com centro em 3%. A inflação acumulada ultrapassou o intervalo de tolerância por seis meses consecutivos.

Num cenário de trégua do dólar e queda nos preços agropecuários, as projeções para a inflação deste ano têm sido revistas para baixo. A mediana das estimativas do mercado financeiro é agora de 5,05% para o IPCA de 2025, caindo pela 11ª semana consecutiva.

Contudo, a soba de tarifas imposta por Donald Trump pode afetar o IPCA. Produtos brasileiros, como café e carnes, foram impactados por isso desde o dia 6.

Inicialmente, o tarifaço pode aumentar a oferta de produtos no mercado interno, reduzindo preços no Brasil. No entanto, existe a preocupação de que a guerra comercial se intensifique, aumentando incertezas e pressionando o dólar.

Uma possível valorização da moeda americana representaria um risco para o IPCA no futuro, uma vez que o câmbio afeta os custos das empresas.

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