Inflação: IGP-DI recua mais do que o esperado em maio e tem deflação de 0,85%
IGP-DI registra queda de 0,85% em maio, superando previsão de analistas. A redução é impulsionada pela desvalorização de produtos agropecuários e desaceleração nos preços ao consumidor.
O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) recuou mais do que o esperado em maio, a 0,85%, após subir 0,30% no mês anterior, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
A expectativa de queda era de 0,66%, conforme pesquisa da Reuters.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que representa 60% do IGP-DI, caiu 1,38%, revertendo a alta anterior de 0,2%. Matheus Dias, economista da FGV, citou que o recuo foi influenciado por produtos agropecuários como farelo de soja, milho em grão e bovinos.
A queda nas Matérias-Primas Brutas foi o principal destaque, despencando 2,86% no mês. Principais contribuições do IPA:
- Milho em grão: de +0,19% para -14,29%
- Minério de ferro: de -1,05% para -2,15%
- Bovinos: de +4,45% para -3,54%
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que compõe 30% do IGP-DI, subiu 0,34%, desacelerando em relação à alta de 0,52% em abril. A queda em passagens aéreas e alimentos in natura foi citada como motivo para essa desaceleração.
Em maio, seis das oito classes do IPC apresentaram decréscimo:
- Saúde e Cuidados Pessoais: de 1,41% para 0,59%
- Alimentação: de 0,72% para 0,29%
- Educação, Leitura e Recreação: de -0,36% para -0,71%
- Despesas Diversas: de 0,88% para 0,44%
- Transportes: de 0,10% para 0,02%
- Comunicação: de 0,03% para -0,34%
O item tomate no IPC teve uma baixa de 9,09%, enquanto passagens aéreas caíram 6,98%.
O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) subiu 0,58% em maio, acima do avanço de 0,52% anterior.
O IGP-DI mensura os preços ao produtor, consumidor e na construção civil durante o mês.