Inflação na Argentina fica em 1,9% em julho e cai para 36,6% em 12 meses
A inflação na Argentina apresentou uma leve alta em julho, subindo para 1,9%, mas o índice acumulado em 12 meses caiu. O governo de Javier Milei busca estabilizar a economia através de um ajuste fiscal severo e acordos com o FMI.
Inflação na Argentina: Em julho, subiu para 1,9%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Indec. O aumento é em relação ao 1,6% de junho, mas o acumulado em 12 meses foi de 36,6%, abaixo dos 39,4% do mês anterior.
Gestão de Javier Milei: O presidente ultraliberal, desde sua posse em dezembro de 2023, implementou um grande ajuste econômico. Medidas incluem:
- Paralisação de obras federais.
- Interrupção de repasses a estados.
- Retirada de subsídios em serviços essenciais.
Essas ações resultaram em aumento expressivo nos preços ao consumidor e um aumento da pobreza, que atingiu 52,9% da população no primeiro semestre de 2024, caindo para 38,1% no segundo semestre.
Acordo com o FMI: Em 11 de abril, Milei firmou um acordo de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI), com a primeira parcela de US$ 12 bilhões já disponibilizada. O acordo visa restaurar a confiança dos investidores e melhorar a situação econômica do país.
Reformas cambiais: A partir do acordo, o governo iniciou a redução dos controles cambiais, eliminando a paridade fixa do peso e introduzindo o câmbio flutuante. Medidas adicionais incluem:
- Permissão para uso de dólares mantidos fora do sistema financeiro.
- Flexibilização no uso de pesos e dólares em títulos públicos.
- Compromisso de reduzir a emissão de moeda pelo Banco Central.
Objetivo: O governo de Milei busca estabilizar a inflação, reforçar reservas, melhorar o câmbio e atrair investimentos, enquanto continua o ajuste econômico.