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Informante da Abin contra Witzel ganhou cargo na Presidência durante governo Bolsonaro, diz PF

Relatório da Polícia Federal revela desvio de função no uso da Abin para fins políticos durante o governo de Jair Bolsonaro. Investigação resulta em indiciamento de 36 pessoas, incluindo Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem.

Informante da Abin foi nomeado durante o governo Bolsonaro para cargo público no gabinete da Presidência da República no Rio de Janeiro.

O ato, que pode caracterizar desvio de função, foi revelado em relatório da Polícia Federal, divulgado nesta quarta-feira.

Carlos Montarroyos, nomeado em março de 2020, era assessor do então vice-governador Claudio Castro e dirigente do PSC. Ele procurou a Abin para denunciar um suposto esquema de caixa 2 para a candidatura de Witzel à presidência em 2022.

A denúncia ainda envolvia a candidatura do ex-juiz Marcelo Bretas e acusava a cúpula do Ministério Público do Rio de participar do esquema. Essa situação motivou investigações contra o senador Flávio Bolsonaro.

Um documento do então diretor da Abin, Alexandre Ramagem, afirmava que Montarroyos queria conseguir um cargo ligado ao grupo político do presidente. O documento também alertava que a veracidade das informações não estava comprovada, mas recomendava a aceitação da colaboração.

A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União em 17 de março de 2020. Montarroyos foi exonerado em 12 de janeiro de 2023.

A Polícia Federal indiciou 36 pessoas em conexão com o uso ilegal da Abin para fins políticos, incluindo o vereador Carlos Bolsonaro e o ex-diretor Alexandre Ramagem.

Segundo a PF, Bolsonaro era o principal destinatário das ações clandestinas da Abin durante a gestão de Ramagem.

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