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‘Inimigos do povo’: a estratégia stalinista para salvar o governo Lula da crise

A estratégia de deslegitimar opositores no Congresso revela uma tentativa de controle político que ignora a evolução da percepção pública. O uso de conceitos antidemocráticos, como "inimigo do povo", pode acirrar ainda mais os ânimos e afastar a população do governo.

Votações perdulárias no Congresso refletem uma luta política em baixa. O governo federal, em oposição ao Parlamento, utiliza a estratégia de rotular parlamentares que votam contra suas propostas como "inimigos do povo".

Essa tática, embora resgatada do passado, não está surtindo efeito. O PT e seus aliados tentam intimidar seus opositores, como faziam entre 2006 e 2014, mas a sociedade já reconheceu a dinâmica do petismo.

A tentativa de desacreditar adversários políticos não é mais eficaz. Hoje, parcelas significativas da população consideram o PT um símbolo de atraso. Os parlamentares alvos dessa estratégia são muitos deles eleitos em estados hostis ao petismo.

Além disso, a guerra entre o governo e o Congresso, que tem a função de ratificar decisões, é um prenúncio de caos na democracia.

A expressão "inimigo do povo" remete ao contexto histórico de perseguições, como o caso de León Trotsky. Embora Lula tenha sido reeleito em 2022 com a proposta de um governo democrático, as dificuldades atuais revelam uma adesão às técnicas totalitárias que critica.

O resultado dessa abordagem antidemocrática provavelmente será o fracasso. O Brasil atual não é o mesmo de antes.

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