INSS: 4,1 milhões podem ter sido vítimas de descontos ilegais, aponta CGU
INSS investiga fraudes que afetaram milhões de aposentados e pensionistas. Reunião entre o novo presidente do órgão e o Advogado-Geral da União visa definir ações para ressarcir os prejudicados.
Escândalo no INSS: cerca de 4,1 milhões de beneficiários podem ter sofrido descontos indevidos em aposentadorias e pensões.
Dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) apontam que esse número envolve usuários com contratos associativos ativos com 11 entidades investigadas por fraudes. O total exato de vítimas será conhecido após as apurações.
Uma pesquisa da Controladoria-Geral da União (CGU) revela que 97,6% dos aposentados e pensionistas não autorizaram os descontos em seus contracheques, cobrados por associações que cadastravam segurados de forma irregular.
O novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, se reunirá com o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, em Brasília, para discutir medidas de ressarcimento.
Waller, autorizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lidera esforços para reestruturar o INSS e recuperar a credibilidade da autarquia após a demissão de Alessandro Stefanutto.
A Polícia Federal revelou que entidades usaram acordos de cooperação técnica com o INSS para aplicar descontos sem autorização entre 2019 e 2024, resultando em um prejuízo estimado de R$ 6,3 bilhões. Das 39 entidades conveniadas, pelo menos 11 apresentaram irregularidades.
Em total, cerca de 6,6 milhões de beneficiários estão vinculados às entidades investigadas, mas apenas os 4,1 milhões com contratos ativos nas 11 sob investigação são considerados vítimas até agora.