INSS: documentos que comprovam vínculo entre beneficiários e entidades investigadas podem passar por perícia, diz ministro
Ministro da Previdência Social garante que análise de documentos será rigorosa para evitar fraudes em benefícios do INSS. Ele estabelece o fim do ano como prazo para conclusão dos ressarcimentos às vítimas de descontos indevidos.
Ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou em entrevista que o governo enviará à análise todos os documentos de associações suspeitas de descontos indevidos em benefícios do INSS.
Nesta quarta-feira (4), o INSS informou que:
- Mais de 214 mil questionamentos foram respondidos por entidades;
- Documentos foram apresentados em 148 mil casos que supostamente comprovam autorização dos beneficiários.
O ministro pode solicitar perícia judicial para verificar a autenticidade dos documentos, caso os segurados não reconheçam. "Tem que ter uma instância que faça esta análise," disse Queiroz.
INSS começará a devolver descontos indevidos com um calendário definido. Os aposentados ou pensionistas têm prazo para acatar ou contestar as informações.
O ministro estabeleceu o fim do ano como "data-limite" para concluir os ressarcimentos, conforme solicitado pelo presidente Lula.
Além disso, Wolney Queiroz se reuniu em São Paulo com representantes sindicais para definir a nova composição do Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS).
O CNPS decide políticas públicas e é constituído por quatro categorias:
- Governo federal;
- Empregadores;
- Trabalhadores em atividade;
- Aposentados e pensionistas.
Nove cadeiras estão vagas desde a suspensão de acordos devido a fraudes. Caberá às forças sindicais indicar novos representantes ao ministro.
Queiroz afirmou: "Enquanto não tiver a nova composição do CNPS, não teremos reunião deliberativa".