INSS: em resposta a Nikolas, Gleisi diz que 'maior parte' de entidades investigadas começou a atuar no governo Bolsonaro

Gleisi Hoffmann, ministra de Relações Institucionais, respondeu em suas redes sociais a um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que acusou o governo Lula de não investigar descontos indevidos no INSS.

Sem citar Nikolas, Gleisi lembrou que a fraude começou na gestão de Jair Bolsonaro e destacou a importância de se buscar a verdade, não "mentiras oportunistas".

O vídeo de Nikolas, com quase 90 milhões de visualizações, é uma réplica de seu sucesso anterior sobre o Pix. No novo vídeo, ele declara o caso como o "maior escândalo da história do Brasil" e defende o ex-presidente.

Gleisi utilizou o X para afirmar que desmascarará mentiras da oposição, destacando que foram criadas entidades fantasmas durante o governo Bolsonaro, que não investigou a situação. A ministra criticou a falta de cumprimento de uma medida provisória de 2019 que exigia autorização para descontos, afirmando que "não se preocupou em proteger os aposentados".

Os descontos no INSS vêm desde a década de 1990, com dados da CGU mostrando um aumento significativo nos valores, que saltaram de R$ 400 milhões a R$ 550 milhões entre 2016 e 2021 para R$ 2,6 bilhões em 2023.

Entenda a investigação:

• A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagraram uma operação em abril para combater descontos não autorizados.
• O chefe da CGU, Alessandro Stefanutto, foi afastado e demitido após a operação.
• A operação, autorizada pela Justiça, revelou que descontos totalizam R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, com apuração em andamento.
• Os descontos ocorriam sem autorização dos beneficiários, que não estavam associados às entidades.
• Após a operação, o governo suspendeu todos os acordos de descontos nas aposentadorias.