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INSS estuda abrir mão de cuidar de descontos e consignados

INSS revisa sua atuação em descontos e empréstimos após escândalo de fraudes. Investigação revela desvios de até R$ 5,9 bilhões, levando a mudanças na política da autarquia.

Presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, anuncia mudanças significativas. Estudo para interromper intermediação de descontos associativos e empréstimos consignados para aposentados e pensionistas está em andamento.

A medida surge após escândalo de descontos indevidos revelado pela CGU, com fraudes ocorrendo de 2019 a 2024, e 35 mil reclamações em 2023 sobre empréstimos não autorizados, segundo auditoria do TCU.

Waller Júnior afirmou: “O INSS não tem papel de intermediar esse tipo de operação”, destacando o risco à imagem da autarquia.

Dentro do governo, há divergências: alguns defendem a privatização da relação com associações, enquanto outros propõem a tutela do Estado para proteger público vulnerável.

Investigações estão em andamento pela CGU e Polícia Federal, com dois focos: descontos indevidos e empréstimos sem autorização dos beneficiários. O objetivo é descobrir se os esquemas estão relacionados.

As fraudes envolvem associações com ACTs firmadas em 2021 e 2022, sendo Waller Júnior categórico: “Essas instituições estavam ali só para fraudar”.

Operações revelaram o esquema em 23 de abril de 2025; Alessandro Stefanutto deixou a presidência do INSS, e Waller Júnior assumiu o cargo.

Neste mês, o INSS começou a notificar aposentados sobre descontos. O valor total das fraudes pode atingir R$ 5,9 bilhões, com a AGU bloqueando R$ 2,56 bilhões em bens das associações investigadas.

A autarquia está implementando um plano de ressarcimento em tempo recorde e aguarda a legalidade das cobranças feitas.

Cerca de 2,5 milhões de pedidos aguardam análise, e o INSS planeja medidas para acelerar esse processo, como aumentar atendimentos presenciais e criar uma nova diretoria. Waller Júnior também reforçou a reabertura de agências, visando melhorar o atendimento ao segurado.

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