INSS: Gleisi se reúne com líderes e faz apelo contra CPI para investigar fraudes em descontos
Gleisi Hoffmann se manifesta contra a CPMI, argumentando que a investigação pode prejudicar a tramitação de projetos prioritários para o governo. O governo intensifica articulações para evitar que a comissão avançe, destacando a atuação da PF e da CGU nas investigações.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se reuniu nesta segunda-feira com lideranças de centro para fazer um apelo contra a CPMI que investiga irregularidades nos benefícios do INSS.
Durante a reunião, Hoffmann alertou que a CPMI pode prejudicar a tramitação de projetos importantes, como:
- Aumento da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil;
- Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia a atuação federal na segurança pública.
A estratégia da oposição inclui instalar uma CPI, mas requer assinaturas suficientes. Já protocolaram uma solicitação na Câmara, mas a instalação depende do presidente Hugo Motta, que promete respeitar uma fila de outras 12 comissões.
A proposta de uma comissão mista é considerada, pois facilitaria a leitura do presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, mas os parlamentares podem retirar apoio, deixando espaço para negociações.
Após a operação da Polícia Federal para investigar fraudes, o governo teme um desgaste adicional ao perder controle da comissão.
A orientação do Planalto é que a base aliada não assine nenhum requerimento da oposição, enquanto mobilizações estão em andamento para retirar assinaturas da CPMI.
O governo argumenta que a CPI seria redundante, uma vez que a PF e a CGU já estão investigando. O senador Rogério Carvalho afirma que a CPI desviaria a atenção das reformas econômicas.
No Congresso, a oposição já possui 171 assinaturas para a CPI, sendo que 81 pertencem a partidos que ocupam ministérios.
Entenda a operação: A Polícia Federal e a CGU desencadearam ações para desmantelar um esquema de descontos não autorizados em aposentadorias do INSS, resultando em uma soma potencial de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Após a operação, o governo suspendeu acordos referentes a esses descontos.