INSS: Ministro assinou emenda adiando controle de descontos após pedido de associações suspeitas
Wolney Queiroz, novo ministro da Previdência, tem laços com as associações suspeitas de fraudes no INSS. A investigação apura irregularidades que resultaram no aumento de descontos indevidos a aposentados e pensionistas.
BRASÍLIA — Wolney Queiroz é o novo ministro da Previdência Social, substituindo Carlos Lupi, após denúncias de fraudes no INSS.
Em 2021, Queiroz, então deputado federal, assinou uma proposta que adiou a fiscalização sobre descontos de associações na folha de pagamento de aposentados e pensionistas.
Essas associações estão sendo investigadas por cobranças indevidas. Em 2019, medida do ex-presidente Jair Bolsonaro exigia revalidações anuais dos descontos, mas o prazo foi adiado duas vezes e, em 2022, a necessidade de revalidação foi totalmente extinta.
As mudanças permitiram o aumento de descontos indevidos a partir de 2023. Na época, Carlos Lupi foi demitido devido às fraudes, e Queiroz, próximo ao ex-ministro, foi nomeado.
Em 2019, o Congresso prorrogou a revalidação até o final de 2021, e novas alterações permitiram o adiamento até o final de 2022, com possibilidade de extensão.
As entidades suspeitas, Cobap e Contag, justificaram a prorrogação devido à pandemia de covid-19. A Polícia Federal investiga pagamentos indevidos com indícios de lavagem de dinheiro e propina.