INSS negou indevidamente mais de 13% dos benefícios analisados manualmente no início de 2024
Auditoria revela que 13,20% dos pedidos de benefícios previdenciários foram indevidamente negados. TCU exige aprimoramento nas análises para evitar prejuízos aos segurados e aumentar a qualidade dos serviços prestados.
Auditoria do TCU revela problemas no INSS:
Entre janeiro e maio de 2024, o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou que 13,20% das análises manuais e 10,9% das automáticas do INSS resultaram em negativa indevida de benefícios previdenciários.
A Corte determinou que o INSS aprimore seus mecanismos de análise para melhor avaliar a concessão de benefícios.
As causas para os indeferimentos são variadas, com destaque para os incentivos aos servidores para análises inadequadas. 44% dos servidores afirmaram que não há incentivo para a capacitação.
A análise manual é feita por servidores e médicos peritos, enquanto a automatizada cresceu significativamente, com 2,2 milhões de requerimentos decididos automaticamente em 2023, um aumento de quase 70% em relação a 2022.
O ministro Aroldo Cedraz criticou o impacto da negativa indevida na vida dos segurados, destacando a necessidade de um processo de avaliação da qualidade nas análises automáticas.
Cedraz observou a ausência de incentivo para motivações adequadas e comunicação eficaz com os segurados, reforçando que a cultura do INSS prioriza produtividade em detrimento da qualidade nas análises.
Além disso, ele alertou que as negativas indevidas aumentam a judicialização dos benefícios, gerando custos para a União.
O presidente do TCU, Vital do Rêgo, anunciou novas auditorias de conformidade. O INSS ainda não se manifestou.