INSS: novo ministro da Previdência estava em reunião em que Lupi foi alertado sobre fraudes em 2023

Novo Ministro da Previdência Social: Wolney Queiroz participou de reunião do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) em junho de 2023, onde foram alertados sobre problemas de descontos em mensalidades de aposentados e pensionistas do INSS. A ação oficial só ocorreu quase um ano depois.

Queiroz, ex-secretário-executivo do ministro Carlos Lupi, deixou o cargo após a operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) contra descontos indevidos.

Sobre o CNPS: O conselho é responsável por estabelecer diretrizes para a gestão previdenciária e integra a cúpula da pasta, o INSS e entidades sindicais.

A reunião de junho abordou indícios de irregularidades nos convênios que permitiam esses descontos. A conselheira Tonia Andrea Inocentini Galleti solicitou discussão sobre os Acordos de Cooperação Técnica (ACTs), que regulam repasses do INSS a entidades.

A conselheira reiterou a necessidade de dados sobre as entidades com ACTs e pediu maior segurança nos processos. Lupi reconheceu a importância, mas barrou o debate, alegando a necessidade de um levantamento mais preciso.

Desdobramentos: O tema só foi discutido novamente em abril de 2024, após denúncias crescentes e apuração em curso. Em março de 2023, o ministério estabeleceu novas regras que exigiam assinatura eletrônica e biometria para autorizar descontos, bloqueando novos por seis meses.

Operação da PF e CGU: A operação abrangeu descontos não autorizados, envolvendo centenas de agentes e resultou no afastamento de Stefanutto. Investigações indicam que os descontos não eram consentidos pelos beneficiários e somam aproximadamente R$ 6,3 bilhões de 2019 a 2024.

Após essa ação, o governo suspendeu todos os acordos de descontos nas aposentadorias.