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Instituições científicas criticam cortes em universidades federais

Entidades científicas alertam sobre os impactos da limitação orçamentária nas universidades federais. Medida compromete a produção de conhecimento e a formação de profissionais essenciais para o país.

Academia Brasileira de Ciências (ABC) e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) publicaram um comunicado contra a restrição orçamentária imposta às universidades federais pelo governo Lula.

O documento, datado de 19 de maio de 2025, critica o decreto presidencial que limita a liberação de verbas para as instituições. Segundo o decreto, o MEC só pode liberar 61% do orçamento de cada universidade federal até novembro de 2025.

A presidente da ABC, Helena Bonciani Nader, e o presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, expressaram “profunda preocupação” com essa medida. Destacam que as universidades federais são responsáveis por mais de 90% da produção científica brasileira.

O comunicado enfatiza que a limitação orçamentária não apenas ameaça a continuidade das pesquisas, mas compromete a formação de profissionais qualificados, indispensáveis para o desenvolvimento econômico, social e tecnológico do país.

Além disso, ressaltam o papel das universidades na inclusão social, servindo como porta de entrada para estudantes de baixa renda e ajudando a combater a desigualdade.

A restrição afeta as universidades federais em todo o Brasil e compromete o funcionamento básico das instituições, prejudicando atividades administrativas, acadêmicas e científicas.

A ABC e a SBPC alertam para possíveis consequências negativas no desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil, com risco de exportação de talentos e aumento da dependência tecnológica estrangeira.

O comunicado não aborda se houve diálogo com o governo antes da implementação da medida, nem as justificativas apresentadas pelo governo para a restrição.

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