Instituições de fomento lideram desenvolvimento sustentável em cidades

Emergência climática exige um modelo de crescimento econômico sustentável que melhore a vida das pessoas, reduza desigualdades e fortaleça comunidades, além de conter o aquecimento global.

Ações recentes, como as secas e enchentes no Brasil, mostram que as populações mais pobres em territórios periféricos são as mais afetadas.

Como anfitrião da COP30, o Brasil se encontra em um momento estratégico para reafirmar seu compromisso com as metas climáticas da Agenda 2030 da ONU. Os desafios incluem investimentos em infraestrutura e soluções para aumentar a resistência às mudanças climáticas.

O Rio Grande do Sul é um exemplo recente, com o governo federal mobilizando R$ 100 bilhões para recuperação após desastres. Já a adaptação das cidades brasileiras exigirá cerca de US$ 150 bilhões anuais, segundo relatório do BCG.

Serão necessárias alternativas de financiamento para atender a essa demanda. O SNF (Sistema Nacional de Fomento) destaca-se como um instrumento essencial, reunindo 34 instituições financeiras que representam 46% do crédito do país e 29% destinado a micro, pequenas e médias empresas.

A atuação coordenada do SNF pode mobilizar recursos a longo prazo, sendo responsável por 73% do crédito direcionado. No contexto brasileiro, é crucial envolver estados e municípios na transformação ecológica.

Um levantamento da ABDE em 2023 revelou que o SNF possui 98% de participação no financiamento ao setor público. Sua atuação é uma alternativa viável para tornar as cidades mais sustentáveis.

É preciso rever restrições legais e regulatórias que limitam financiamentos a entes públicos para investimentos em preparação às emergências climáticas.

Portanto, o Brasil tem a oportunidade de retomar políticas públicas essenciais para um desenvolvimento sustentável, com o SNF como um caminho para um país mais resiliente, equitativo e sustentável.