Instituições veem o cenário externo com guerra tarifária como principal risco à estabilidade financeira
Instituições financeiras apontam a guerra tarifária e o cenário internacional como principais ameaças à estabilidade financeira do Brasil. A pesquisa revela uma mudança na percepção de risco, refletindo uma visão mais negativa sobre o ciclo econômico.
Guerra tarifária afeta a estabilidade financeira no Brasil: A Pesquisa de Estabilidade Financeira (PEF) do segundo trimestre de 2025, divulgada pelo Banco Central (BC), revela que os riscos do cenário internacional são agora os mais destacados pelas instituições financeiras.
Na pesquisa, 39% dos respondentes citam o cenário internacional como principal risco, em comparação com 16% em fevereiro. Já os riscos fiscais caíram para 30%, de 52% anteriormente.
A PEF, realizada com 84 instituições entre 19 de abril e 9 de maio, também identificou a inadimplência e atividade em 12%, queda em relação a 13% na edição anterior. Além disso, os riscos operacionais, especialmente os cibernéticos, ganharam destaque.
A pesquisa também destacou que questões de liquidez e risco de contágio estão se tornando mais relevantes. A percepção sobre o ciclo econômico é mais negativa do que em fevereiro, com tendência de contração.
Sobre o crédito, há um aumento na percepção de alta na alavancagem das famílias, embora a maioria considere a situação estável.
Em relação ao Adicional Contracíclico de Capital Principal (ACCP), 93% dos respondentes esperam que ele permaneça em 0%, número que também representa a maioria das sugestões. Em fevereiro, essa expectativa era de 95%.
Outros resultados incluem a expectativa de 3% dos respondentes sobre aumento de 0,5 ponto percentual no ACCP e 2% sugerindo alta de 1 ponto percentual.