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Instituto Aço Brasil vê decisão de Trump como movimento político que ameaça negociações sobre tarifas

Decisão de Trump por tarifas de 50% em produtos brasileiros é vista como política prejudicial às negociações entre os países. A indústria brasileira de aço ainda busca resolver questões de reciprocidade tarifária e garantir acesso ao mercado americano.

Marco Polo de Mello Lopes, presidente do Instituto Aço Brasil, criticou a nova tarifa de 50% imposta pelo presidente americano Donald Trump sobre produtos brasileiros, enfatizando seu caráter político.

Segundo Lopes, essa medida pode prejudicar as negociações em andamento entre Brasil e Estados Unidos sobre reciprocidade tarifária, que já vinham sendo discutidas desde 2018, quando Trump também impôs uma taxa de 25% sobre o aço.

Atualmente, existem duas vertentes de negociação: produtos de aço e alumínio, e a reciprocidade tarifária de forma mais ampla. Lopes destacou que a tarifa de 50% já estava em vigor para o aço, portanto, não muda, sendo uma medida que não é cumulativa.

A indústria americana, mesmo com as barreiras, ainda depende de insumos semiacabados do Brasil, um de seus principais fornecedores. Lopes alertou para os riscos do endurecimento das medidas e defendeu que a diplomacia brasileira continue a buscar acesso ao mercado americano.

Ele espera que essa nova decisão não comprometa os canais de diálogo reabertos nos últimos anos, ressaltando a necessidade de avaliar se as decisões se restringem à reciprocidade tarifária ou se visam a viabilizar o acordo.

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