Interesse por fraudes no INSS perde força e dá respiro a Lula
O governo busca minimizar os impactos das fraudes no INSS, que deterioraram a popularidade de Lula nas últimas semanas. Uma CPI mista foi criada para investigar o esquema, e o governo planeja ressarcir os afetados até 2025.
Fraudes no INSS impactam popularidade de Lula
As buscas sobre fraudes no INSS diminuíram em junho, trazendo um respiro para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pico de buscas ocorreu entre 4 e 10 de maio, após a operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que investigava desvios de R$ 6,5 bilhões.
A preocupação com as fraudes superou o interesse por medidas positivas do governo, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000. No podcast Mano a Mano, Lula reconheceu que as fraudes podem ter mudado a percepção sobre seu governo e ressaltou a importância de comunicar corretamente as ações do Executivo.
Para lidar com o tema, o governo planeja ressarcir os aposentados em 2025 e está realizando levantamentos para identificar as vítimas. A AGU protocolou uma ADPF no STF para garantir o ressarcimento e abrir crédito extraordinário, que não impacta a meta fiscal.
A aprovação do governo está em queda, com 56% de desaprovação, segundo pesquisa realizada de 31 de maio a 2 de junho. Apesar da queda nas buscas, a criação de uma CPI mista para investigar o caso pode reacender o tema na mídia.
No relatório da CGU, divulgado em 2025, foi constatado que 97,6% dos aposentados sofreram descontos diretos não autorizados de benefícios para sindicatos. O valor de tais descontos saltou de R$ 706,2 milhões em 2022 para R$ 2,8 bilhões em 2024.
A controladoria observou um aumento nas solicitações de cancelamento de descontos, com 192 mil pedidos registrados em abril de 2024. As organizações por trás dos descontos indevidos ainda estão sendo investigadas.