Interpol e EUA contrariaram Moraes sobre Allan dos Santos
Interpola e EUA rejeitam extradição de Allan dos Santos devido à falta de provas suficientes apresentadas pelo STF. O jornalista, acusado de crimes contra a democracia, vive nos Estados Unidos desde 2020 e nega as acusações.
Interpol e EUA rejeitam extradição de Allan dos Santos
A Interpol e o Departamento de Estado dos EUA consideraram insuficientes os indícios de crimes apresentados pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, contra o jornalista Allan dos Santos, 41 anos. Por isso, não houve atendimento ao pedido de extradição ou à inclusão do nome de Santos como foragido internacional.
Allan dos Santos, que vive nos EUA desde 2020, enfrenta acusações de lavagem de dinheiro, organização criminosa e incitação a crimes segundo Moraes. O jornalista nega os crimes e diz ser alvo de censura, sendo um apoiador de Jair Bolsonaro.
A Interpol não investiga ou prende ninguém por conta própria. O Brasil solicitou uma difusão vermelha para Santos, que foi rejeitada por falta de justificativa adequada.
Em mensagens vazadas, foi indicado que a Interpol poderia considerar a situação com viés político. Além disso, Moraes não forneceu mais informações requeridas pela organização.
Os EUA, em resposta ao STF, também expressaram a necessidade de mais provas para considerar a extradição, afirmando que a colaboração se daria apenas em parte dos delitos atribuídos a Santos.
Allan dos Santos, que comanda a extinta plataforma Terça Livre, sempre contestou as decisões de Moraes, que o acusa de usar as redes sociais para desestabilizar a democracia. Entretanto, a Polícia Federal não encontrou indícios de desvios nas investigações financeiras de Santos.
Apesar das ordens de Moraes, Santos segue atuando nos EUA, onde trabalha legalmente. Suas contas em redes sociais brasileiras foram bloqueadas, e ele recentemente atuou no Rumble, plataforma que também enfrentou ações judiciais no Brasil.
As restrições de Moraes levantam questões sobre sua jurisdição e a validade de suas ordens fora do território brasileiro, especialmente em relação a plataformas que operam sob as leis norte-americanas.