HOME FEEDBACK

'Invasão' em marcha: Montadoras de Pequim respondem por 76% dos EVs comercializados

A BYD se destaca no Brasil com investimento de R$ 5,5 bilhões em Camaçari, visando transformar a região em um centro de inovação sustentável. Com planos de expansão para 272 concessionárias até 2025, a montadora busca melhorar a experiência do consumidor e superar a desconfiança em relação aos veículos elétricos.

A invasão de carros elétricos chineses está em andamento, surpreendendo o mercado e consumidores.

Em 2024, esses veículos representam 76% dos mais de 17 milhões de EVs vendidos globalmente, segundo a Associação Chinesa de Carros de Passageiros e a pesquisadora Rho Motion.

Os Estados Unidos impõem um imposto de 100% sobre elétricos chineses, dificultando suas vendas. A BYD é a líder mundial com 4,27 milhões de veículos, superando a Tesla (1,79 milhão).

A BYD escolheu o Brasil como foco de investimento fora da China. A fábrica em Camaçari, Bahia, custará R$ 5,5 bilhões e produzirá 150 mil veículos anualmente. O modelo Dolphin Mini, com preço de R$ 118 mil, será lançado em 2025.

Atualmente, a BYD tem 165 concessionárias e pretende chegar a 272 até 2025. Em 2024, a empresa vendeu 76 mil veículos no Brasil.

A experiência pós-venda dos usuários é positiva. Sandro Chiuvetto, proprietário de um BYD Seal, elogia a eficiência e ausência de burocracia. Com garantia de 8 anos e revisão gratuita nos primeiros 3 anos, os consumidores estão mais confiantes.

A montadora também está investindo em um centro de autopeças no Espírito Santo, aumentando o estoque de peças em 94%.

Os motoristas estão superando a "síndrome do carro elétrico", com modelos que oferecem autonomia de até 600 quilômetros. As novas baterias Blade são menores e mais seguras, aumentando a performance dos veículos.

Thierry Alvarez, que possui um BYD Song Plus, destaca a economia no combustível. Já a GWM planeja construir sua fábrica em Iracemápolis, com investimento de R$ 10 bilhões até 2032, para produzir o SUV Haval H6.

Essas montadoras estão se preparando para suprir necessidades locais e garantir um bom pós-venda, desafiando as marcas tradicionais no Brasil.

Leia mais em o-globo