Investidor estrangeiro foge de Petro, enquanto Milei promete dólares após FMI
A rivalidade entre Milei e Petro se reflete nas tendências opostas do investimento estrangeiro direto (IED) em Argentina e Colômbia. Enquanto a Argentina experimenta crescimento no IED, a Colômbia enfrenta uma queda significativa, impulsionada por políticas econômicas e mudanças de governo.
Divergências entre os presidentes Javier Milei (Argentina) e Gustavo Petro (Colômbia) têm sido evidentes, refletidas em suas políticas econômicas e nas relações com investidores estrangeiros.
O Investimento Estrangeiro Direto (IED) na Colômbia, em relação ao PIB, apresenta queda contínua desde a eleição de Petro, passando de 5% em 2022 para 4,6% em 2023 e 3,4% no ano passado. Já na Argentina, o IED cresceu de 1,4% em 2021 para 3,7% em 2023.
Na Colômbia, a queda do IED foi de 15,2% em 2024, totalizando US$ 14,2 bilhões. O governo de Petro visa reduzir a dependência de petróleo, mas enfrenta desafios como uma seca em 2024 e insegurança jurídica.
Por outro lado, a Argentina, apesar de uma queda de 35,3% no IED comparado ao ano anterior, conquistou otimismo com a recuperação econômica e um acordo com o FMI que promete atrair novos investimentos.
Os fluxos de investimento na Argentina se concentram em setores financeiro, mineração e indústria, enquanto a Colômbia enfrenta desestimulação na indústria extrativista.
O discurso do governo Milei visa impulsionar setores como mineração e energia renovável, e a implementação do Rigi busca facilitar investimentos. No entanto, incertezas globais e a instabilidade econômica continuam sendo desafios.
Consultas crescentes sobre as condições de investimento na Argentina indicam interesse, mas mudanças significativas ainda são esperadas com cautela.