Investidores alocam em ações “tech” dos EUA no maior ritmo em 16 anos

Investidores estão direcionando recursos para ações de tecnologia nos EUA no ritmo mais intenso em 16 anos, segundo pesquisa do Bank of America (BofA).

A alocação no setor saltou entre abril e julho, sustentando a recuperação dos mercados após a queda de abril, causada por tarifas comerciais de Donald Trump.

O índice Nasdaq Composite acumula alta superior a 33% desde os níveis mais baixos do ano, impulsionado pelas “Sete Magníficas”: Microsoft (BDR: MSFT34), Meta (M1TA34), Alphabet (GOGL34), Amazon (AMZO34), Apple (AAPL34), Nvidia (NVDA34) e Tesla (TSLA34).

O BofA destacou que a proporção líquida de gestores com posições acima da média no setor subiu de -1% para +14%. Porém, o otimismo permanece abaixo da média histórica devido ao elevado valuation.

O otimismo com a tecnologia contrasta com a cautela em relação ao dólar. A posição vendida na moeda americana é a mais congestionada entre gestores, refletindo preocupações com a política comercial e fiscal dos EUA.

Segundo Elyas Galou, estrategista do BofA: “Investidores estão emocionalmente pessimistas com os EUA, mas não fisicamente pessimistas”.

A relação inversa entre o dólar e a bolsa foi identificada pelo Morgan Stanley, com a correlação entre o S&P 500 e o índice BBDXY voltando a -70%.

Apesar da resiliência das ações, os fluxos estão perdendo força. Os fluxos do índice permanecem positivos, mas estão começando a desacelerar. A estimativa é que investimentos diários de entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões devem diminuir nos próximos meses.

Investidores de varejo também mostram sinais de retração, com fluxos em julho em torno de US$ 2 bilhões por dia, caindo dos US$ 4,5 bilhões em abril. As recompras corporativas aumentaram para US$ 5 bilhões por dia, mas devem recuar para US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões com o início do período de blackout.