Investidores colocam em xeque tarifaço de Trump, mas ativos seguem apanhando
Investidores reagem ao tarifaço de 50% imposto pelos EUA, e o Ibovespa acusa perdas. Expectativas em torno da efetivação da medida e da credibilidade de Trump dominam o dia no mercado.
Repercussão do tarifaço de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros continua nesta quinta-feira (10).
A expectativa negativa impactou os ativos brasileiros, com o Ibovespa cedendo 0,54%, encerrando aos 136.743 pontos. Somadas, as perdas da semana alcançam 3,2%, resultando em uma queda de 1,52% no mês de julho. Desde o início do ano, a valorização foi reduzida a 13,68%.
O dólar comercial avançou 0,7%, fechando a R$ 5,54. Em julho, a moeda acumula alta de 2%, mas é 10,3% mais barata desde janeiro.
Após o susto, surgem dúvidas sobre a permanência da política tarifária de Donald Trump. A medida teve repercussão negativa, gerando desconfiança sobre a credibilidade do presidente americano.
A XP mantém suas estratégias de alocação, mas questiona a eficácia das políticas de Trump. A tarifa pode prejudicar a imagem de líderes como Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas, que se alinharam a Trump.
O ex-presidente Bolsonaro já articula um pedido à Casa Branca para suspender a tarifa.
Hoje, o volume movimentado no Ibovespa foi de R$ 20,6 bilhões, acima da média dos últimos 12 meses, que era de R$ 16,5 bilhões. No entanto, estrangeiros continuam a retirar seus investimentos dos ativos brasileiros.
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