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Investigação sobre venda de sentenças no STJ pode envolver autoridade com foro, diz Zanin

Ministro do STF mantém investigação sobre suposto comércio de decisões no STJ. A nova fase da Operação Sisamnes resulta em prisões e reforça preocupações sobre a integridade do Poder Judiciário.

Novas suspeitas sobre suposto comércio de decisões e informações sigilosas do STJ levaram a Polícia Federal a deflagrar, em 18 de outubro, a segunda fase da Operação Sisamnes.

O ministro Cristiano Zanin, do STF, decidiu manter a investigação sob sua responsabilidade, citando a possibilidade de envolver autoridade com foro privilegiado.

Segundo Zanin, a gravidade das acusações demanda uma resposta rápida da Suprema Corte, especialmente por afetar ministros do STJ. Ele ressaltou que a dignidade do Judiciário deve ser preservada através de investigações rigorosas.

Na fase anterior, em novembro de 2024, a PF prendeu o empresário Andreson Gonçalves, o “lobista dos tribunais”, e realizou buscas em endereços de auxiliares de ministros do STJ, que foram afastados e também investigados. O STJ afirmou que nenhum ministro tinha conhecimento das irregularidades.

A segunda fase da operação resultou na prisão do advogado Thiago Marcos Barbosa de Carvalho, sobrinho do governador do Tocantins, e na investigação do procurador de Justiça Ricardo Vicente da Silva.

De acordo com a PF, conversas interceptadas mostram que Thiago Barbosa atuava como intermediador do repasse de informações sigilosas, possivelmente com o conhecimento de Ricardo Vicente.

Zanin observou que as práticas denunciadas são semelhantes ao modus operandi identificado na primeira fase da operação, sugerindo uma relação estreita entre as investigações.

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