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Investimento bilionário da Foxconn anunciado há 14 anos ficou quase todo no papel

Após 14 anos do anúncio frustrado da Foxconn, Brasil se prepara para novos investimentos chineses de R$ 27 bilhões. O governo de Lula destaca a importância das parcerias para o fortalecimento da economia e do setor produtivo.

14 anos após anúncio de investimentos da Foxconn no Brasil, o governo Dilma Rousseff comemorava a promessa de US$ 12 bilhões (cerca de R$ 95 bilhões atualmente). O acordo, anunciado em Pequim, visava criar 100 mil empregos, incluindo 20 mil engenheiros, e produzir iPads localmente.

Entretanto, o investimento não foi totalmente concretizado. A Foxconn montou modelos do iPhone no país, mas criou apenas uma fração das vagas prometidas. Além disso, a ideia de uma cidade inteligente ligada ao projeto não saiu do papel.

O projeto enfrentou desafios, como exigências da Foxconn relacionadas a infraestrutura e incentivos fiscais. O desacordo sobre tecnologia e a queda na demanda internacional influenciaram o descarrilamento do investimento.

Em 2015, a Reuters relatou que a Foxconn havia gerado apenas uma pequena fração dos 100 mil empregos projetados, com a maioria das vagas sendo de baixa qualificação. Atualmente, a empresa tem entre 5.000 e 10.000 funcionários no Brasil.

O projeto de um parque industrial nacional para componentes eletrônicos ficou estagnado, e a área em Itu (SP) permanece abandonada. Atualmente, a Foxconn opera em Jundiaí (SP) e Santa Rita do Sapucaí (MG), fabricando iPhones.

Recentemente, durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Pequim, novas promessas de investimento de empresas chinesas totalizaram cerca de R$ 27 bilhões, 28% do prometido pela Foxconn. O destaque vai para a Envision, com R$ 5 bilhões destinados à produção de combustível sustentável.

Lula enfatizou a importância da relação Brasil-China: "A nossa relação será indestrutível".

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