Investimentos em distribuição fortalecem o mercado de gás
Distribuidoras de gás natural no Brasil ampliam suas redes e diversificam o atendimento, atingindo mais de 4,7 milhões de clientes. Apesar das críticas, a expansão é crucial para equilibrar custos e garantir tarifas acessíveis a todos os segmentos.
Avanço do mercado de gás natural no Brasil é impulsionado pela tenacidade das concessionárias de distribuição, que investem na expansão de redes e na conexão de milhões de clientes.
Nos últimos 15 anos, as distribuidoras duplicaram suas redes, de 18.000 para 45.000 km, e o número de clientes saltou de 1,75 milhão para 4,75 milhões.
A capilarização aumentou o número de municípios atendidos de 356 para 501, oferecendo uma alternativa energética segura e competitiva a diversos setores, incluindo hospitais e indústrias.
Muitas indústrias adotaram gás natural para descarbonizar processos e melhorar a competitividade, embora críticas questionem a massificação do serviço.
Essa visão é equivocada; a diversificação em segmentos como residencial e comercial é essencial para o equilíbrio econômico e a sustentabilidade do mercado.
- Na região Sudeste, o segmento veicular já supera o industrial.
- As receitas de gás para residências e comércio estão em crescimento.
A expansão reduz custos unitários e mitiga riscos associados à volatilidade do consumo industrial.
A margen de distribuição representa apenas 12% da tarifa final para grandes indústrias, de acordo com o MME.
Desviar foco da distribuição atrapalha a busca por ganhos de competitividade.
A demanda pelo gás canalizado é evidente, com as distribuidoras investindo para desenvolver redes em diálogo com agências reguladoras.
Com a transição energética, novas oportunidades surgem para o uso de gás natural e biometano.
Negar benefícios do gás a outros segmentos é uma visão míope; a adoção do energético promove desenvolvimento social e econômico.
A prioridade deve ser maximizar os benefícios do gás canalizado e atacar os gaps de competitividade onde realmente existem.