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Investimentos isentos de Imposto de Renda nem sempre valem a pena

Isenção do Imposto de Renda em investimentos pode enganar: confira dicas de especialistas. Avaliar a rentabilidade líquida é essencial para maximizar ganhos e evitar surpresas.

A isenção do Imposto de Renda é um atrativo, mas não deve ser o único fator na hora de investir, segundo especialistas.

Carol Stange, planejadora financeira, alerta: "O que sobra no bolso importa mais do que o que parece vantajoso no papel."

Atualmente, são isentos:

  • Debêntures incentivadas
  • LCIs (Letras de Crédito Imobiliário)
  • LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio)
  • CRIs e CRAs (Certificados de Recebíveis)
  • Poupança

Na renda variável, dividendos de ações e FIIs são isentos, assim como ganhos com vendas de ações abaixo de R$ 20 mil por mês.

Apesar da preferência por produtos isentos, eles muitas vezes oferecem rentabilidades inferiores a semelhantes não isentos. Rafael Haddad, do C6 Bank, ressalta: "É um erro se ancorar só no fato de ser isento."

É fundamental comparar produtos isentos e não isentos em termos de emissor, garantia e tipo de rentabilidade.

Para calcular a viabilidade, a fórmula é: rentabilidade bruta × (1 - alíquota de IR). Um CDB oferecendo 100% do CDI, por exemplo, rendendo 85% do CDI líquido considerando IR de 15%.

As letras de liquidez diária estão oferecendo 90% do CDI; e sem liquidez, 98% do CDI.

Em comparação, um CDB com liquidez diária pode estar a 102% do CDI, com rendimento líquido de 12,24%.

CRIs, CRAs e debêntures não têm proteção do FGC e devem ser comparados a títulos públicos. Por exemplo, o Tesouro prefixado (LTN) 2028 pagava 13,5% ao ano.

Rafael Winalda, especialista do Banco Inter, observa que "apesar de altas taxas, os spreads estão em níveis baixos."

Debêntures com rating AAA pagam em média 1,5 a 2 pontos percentuais a mais que títulos públicos.

Para investidores iniciantes, recomenda-se fundos de investimento de renda fixa que adquiram produtos isentos, oferecendo menor ticket e maior liquidez.

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