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IOF: disputa em projeto com impacto nas contas de luz elevou tensão entre governo e Congresso

Disputas entre o Congresso e o governo se intensificam devido à responsabilidade sobre o aumento das tarifas de energia. A Câmara se mobiliza para sustar o decreto de aumento do IOF enquanto busca alternativas de arrecadação.

Conflito entre Congresso e governo gera tensão sobre aumento da conta de luz. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautou para hoje um projeto que suspende o decreto que aumentou o IOF.

Segundo parlamentares, há irritação na Câmara pelo que consideram uma tentativa do governo de transferir o desgaste da elevação das tarifas de energia. Com a derrubada de vetos na semana passada, o Congresso manteve a contratação de usinas, que podem acarretar um custo de R$ 35,06 bilhões ao ano por 15 anos.

Aliados de Motta ressaltaram que o PT contribuiu com 7 votos no Senado e 63 na Câmara para derrubar um dos vetos. A situação foi exacerbada pela votação de uma medida provisória que deve gerar até R$ 20 bilhões de arrecadação com a venda de óleo e gás, para compensar a queda do IOF.

O líder do MDB, Isnaldo Bulhões (AL), comentou: “Votaremos o projeto do IOF e uma MP que melhora arrecadação com menos impostos.”

Uma nova MP que visa mitigar os impactos da derrubada do veto é mal vista no Congresso. A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu o decreto do IOF como essencial para o Orçamento.

Desde que a possibilidade de derrubada do aumento surgiu, o governo buscou negociações. No entanto, os parlamentares acreditam que as novas propostas são tentativas de protelar uma decisão.

O deputado Cláudio Cajado (PP-BA) criticou a falta de ações concretas do governo, afirmando que o Congresso deve agir caso o governo continue inerte.

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