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IPCA-15 bem-comportado fortalece projeções de fim do ciclo de alta na Selic

Desaceleração do IPCA-15 em maio sugere fim do ciclo de alta da Selic, mas núcleos de inflação ainda permanecem elevados. Economistas ponderam sobre a manutenção da taxa de juros em 14,75% na reunião de junho.

IPCA-15 de maio registra alta de +0,36%, abaixo das expectativas, com destaques positivos em alimentos in natura e serviços. Essa situação fortalece a possibilidade do Copom interromper o ciclo de alta da Selic iniciado em setembro de 2022.

Leonardo Costa, economista do ASA, considerou o balanço qualitativo do IPCA-15 o melhor do ano, com desaceleração no núcleo de serviços e bens. Contudo, observa que os níveis ainda estão altos, com média móvel de 3 meses em 7,4%.

Luis Otávio Leal, da G5 Partners, afirmou que o índice é um número bom e a chance de manutenção da Selic em 14,75% aumentou de 70% para 76% após o resultado. Ele destacou a nova inflação abaixo do mesmo mês de 2024.

Rafaela Vitoria, economista-chefe do Inter, notou queda na inflação de alimentos e sinais de desaceleração nas medidas de núcleo e serviços, apesar de altas acumuladas de 5,1% e 6,5%, respectivamente. Ela acredita que a Selic deve ser mantida em 14,75% a partir de junho.

Claudia Moreno, do C6 Bank, alertou para a alta acumulada de 5,40% em 12 meses, com núcleos de inflação em trajetória alta. Sua projeção é que o IPCA feche 2023 em 5,5%, e mantém a expectativa de aumento da Selic para 15% em junho.

Gustavo Sung, da Suno Research, destacou que os dados mostraram melhora qualitativa e desaceleração em diversos indicadores. Apesar disso, a comparação interanual ainda apresenta aceleração. Ele acredita que a valorização do câmbio e a queda dos preços das commodities podem ajudar a reduzir pressões inflacionárias no segundo semestre.

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