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IPCA, índice de inflação do Brasil, não é calculado em todas as capitais; entenda

A limitação na coleta de preços do IPCA em apenas 16 áreas impede um acompanhamento mais preciso da inflação em diversas capitais. Especialistas ressaltam que isso pode impactar a análise local dos preços e a percepção de inflação dos consumidores.

IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é a medida oficial da inflação no Brasil, mas não abrange todo o território. Coletas ocorrem em 16 áreas, principalmente em capitais e regiões metropolitanas, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro.

Ampliar a abrangência do IPCA requer recursos financeiros e equipes dedicadas do IBGE, que enfrenta restrições orçamentárias. O técnico do IBGE destaca a necessidade de alocação de recursos e treinamento para a coleta de preços.

As 16 áreas incluem dez regiões metropolitanas: Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Vitória, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, além de Brasília e cinco capitais: Aracaju, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís.

A ex-presidente do IBGE, Wasmália Bivar, explica que a pesquisa exige uma equipe contínua, sem compartilhamento entre outras pesquisas, e afirma que a análise da inflação não é significativamente prejudicada pela ausência de algumas capitais.

A coleta do IPCA mede a inflação para famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, abrangendo 377 subitens. Em cidades sem coleta, como Manaus, indicadores alternativos, como o ICV (Índice de Custo de Vida) em Florianópolis, são utilizados.

Há 11 capitais sem coleta do IPCA: Boa Vista, Cuiabá, João Pessoa, Macapá, Maceió, Natal, Palmas, Porto Velho e Teresina. A sensação de inflação pode variar para cada consumidor, dependendo de sua cesta de compras, que pode diferir da média da população.

O IBGE esclarece que indivíduos sem consumir certos itens, como carne vermelha ou mensalidades escolares, podem ter um índice de inflação pessoal diferente do oficial.

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