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Irã acusa Trump de fazer jogo psicológico e midiático com vaivém de sanções

Autoridades iranianas descartam intenção de diálogo dos EUA e criticam a retórica de Trump como uma estratégia de pressão. O país reitera a determinação de continuar seu programa nuclear apesar das sanções.

Autoridade iraniana critica postura de Trump

Uma autoridade do Irã afirmou que as sanções de Donald Trump são um jogo psicológico e não visam resolver problemas entre os países. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Esmaeil Baghaei, destacou que as declarações de Trump deveriam ser vistas no contexto de jogos midiáticos.

Na última sexta-feira, Trump desistiu de suspender as sanções após o aiatolá Ali Khamenei declarar que o Irã "deu um tapa na cara dos EUA" com um ataque a uma base americana no Qatar. Antes disso, Trump havia sinalizado um possível relaxamento nas sanções, visando a recuperação do Irã após bombardeios americanos.

Em junho, os EUA bombardearam o Irã em apoio a Israel, atingindo três instalações nucleares. O ataque iraniano contra a base americana no Qatar foi considerado coreografado, com nenhum dano relatado.

O judiciário iraniano disse que 935 pessoas foram mortas durante os 12 dias de conflito, incluindo 38 crianças e 132 mulheres. Isso representa um aumento em relação ao número anterior de 610 mortos. O ataque israelense à prisão de Evin em Teerã também teve o número de mortos revisado para 79.

Baghaei afirmou que Israel cometeu crimes de guerra e que o Irã enviará evidências para organizações internacionais. Após os ataques, o Irã reafirmou sua intenção de continuar com seu programa nuclear, que afirma ter fins pacíficos. O país enriquece urânio a 60%, um nível próximo ao necessário para armas nucleares.

O vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Majid Takht-Ravanchi, criticou as exigências de enriquecimento zero por parte dos EUA, dizendo que isso é a lei da selva.

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