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Irã admite danos graves em instalações nucleares após ataque dos EUA, diz agência

O Irã confirma danos significativos em suas instalações nucleares após ataques dos EUA, mas uma avaliação da inteligência americana indica que os principais componentes permanecem intactos. O governo Trump defende o sucesso da missão, enquanto especialistas alertam sobre possíveis instalações secretas.

Governo do Irã admite danos em instalações nucleares

O governo do Irã confirmou que suas instalações nucleares sofreram “danos graves” após ataques aéreos dos Estados Unidos no último fim de semana. A declaração foi feita por um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores e divulgada nesta quarta-feira, 25.

Os bombardeios miraram três complexos nucleares principais do país. Essa é a primeira confirmação oficial de Teerã sobre o impacto da ofensiva americana.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que os ataques foram “totalmente bem-sucedidos” e que o programa nuclear iraniano foi “completamente destruído”.

Narrativa contraditória

No entanto, uma avaliação inicial da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA contradiz essa narrativa. Segundo o relatório:

  • Os danos foram relevantes apenas nas estruturas acima do solo, como sistemas de energia.
  • Os principais componentes do programa, como centrífugas e urânio enriquecido, permaneceram “em grande parte intactos”.
  • Parte do material sensível pode ter sido removido antes dos ataques.
  • O impacto pode ter atrasado o programa em “alguns meses”.

Apesar disso, o governo Trump mantém sua posição, classificando o relatório como “completamente errado”. O Departamento de Defesa dos EUA reconheceu que a avaliação é preliminar e novas informações estão sendo coletadas.

O governo de Israel acredita que a ação conjunta pode atrasar o programa nuclear do Irã em até dois anos, desde que Teerã não retome suas atividades. Especialistas alertam que o Irã ainda pode ter instalações secretas não atingidas.

Por fim, o Congresso americano espera uma explicação mais clara do governo, mas sessões previstas foram canceladas, gerando críticas sobre a falta de transparência na administração Trump.

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