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Irã ataca base militar dos EUA. Trump poderia acionar a Otan?

O Irã lança mísseis contra base americana em resposta a ataque nas instalações nucleares. Apesar do ataque, defesas do Catar neutralizam os mísseis, sem deixar feridos.

Irã responde a ataque dos EUA: nesta segunda-feira (23), o Irã disparou mísseis contra a base aérea americana de Al Udeid, no Catar, como retaliação ao ataque das forças dos EUA às suas instalações nucleares.

O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã confirmou que o número de mísseis disparados foi igual ao de bombas norte-americanas usadas nas instalações nucleares iranianas. O comunicado enfatizou que o ataque não ameaçou o Catar.

O Ministério do Exterior do Catar confirmou o ataque, mas informou que as defesas aéreas neutralizaram os mísseis, sem deixar mortos ou feridos.

A retaliação iraniana gerou questionamentos sobre a resposta dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump indicou que o país pode optar por uma postura mais distante, já que o Irã avisou previamente sobre o ataque, permitindo o preparo.

Trump declarou: “O Irã respondeu com uma resposta fraca... NENHUM americano foi ferido... E, com sorte, não haverá mais ÓDIO.”

Embora um ataque a uma base dos EUA normalmente exigisse uma resposta, Trump teria dificuldades legais para justificar uma ação contra o Irã, pois não consultou o Congresso ou respeitou o direito internacional.

O professor Kai Lehmann (USP) destacou que o Irã não apresentava um risco iminente, uma vez que não havia finalizado a produção de armas nucleares.

Outro ponto de preocupação é a possível convocação de países-membros da OTAN para auxiliar os EUA em um eventual combate ao Irã. O artigo 5º do tratado só foi invocado uma vez na história e um novo uso é considerado improvável.

Lehmann ressalta que, atualmente, não há respaldo político para agir sob o artigo 5º e que os próximos eventos na região poderão influenciar a situação.

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